Quem trabalha ou pensa em empreender no setor de vendas diretas, precisa conhecer a ABEVD.
Essa é a entidade que regula, inclusive, as empresas marketing multinível brasileiras.
Neste artigo, quero esclarecer como ela funciona e por que juntar-se a ela pode ser um passo decisivo para o seu negócio.
Mas primeiro é importante esclarecer o que é venda direta.
Pois você precisa dominar bem o conceito antes de abrir uma empresa ou de se juntar a uma marca nesse segmento.
Venda direta é um modelo comercial sem intermediários.
No qual a operação de compra e venda de produtos e serviços reúne o representante da marca e o consumidor final.
Outra característica é que a abordagem do vendedor ao cliente não ocorre em estabelecimento comercial.
Mas pode acontecer no trabalho em na residência dos interessados.
Aposto que agora você já está entendendo melhor o conceito de venda direta e até se lembre de algumas empresas que atuam nesse sistema, como Avon, Natura e Polishop.
Sobre essa última, aliás, vale comentários à parte.
A Polishop atua em diferentes frentes.
Além da venda direta clássica, em todas as modalidades, ela possui um canal de televisão, revista, lojas no varejo e também empreende com marketing multinível (MMN).
Que é outro sistema de vendas diretas no Brasil.
Como você pode ver, o que não falta são oportunidades para ganhar dinheiro com vendas diretas.
E se essa é a sua meta, eu quero ajudar, esclarecendo no artigo de hoje o que é ABEVD.
Como ela surgiu, como funciona, quais são as empresas cadastradas na ABEVD e muito mais.
Siga a leitura e entenda como a associação brasileira de vendas diretas pode ser parceira do seu negócio.
ABEVD é a sigla para Associação Brasileira das Empresas de Vendas Diretas.
A entidade congrega os empreendimentos no país que atuam em alguma das modalidades de venda direta.
Entre seus membros, estão importantes marcas da indústria de cosméticos, perfumaria, produtos de limpezas.
Suplementos nutricionais e também recipientes plásticos para alimentos.
As empresas associadas à ABEVD têm, atualmente, 4,3 milhão de revendedores diretos, que são profissionais autônomos vinculados a alguma marca do setor.
Juntas, elas respondem por um faturamento anual superior a R$ 40 bilhões.
Soma que equivale a aproximadamente 8% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria brasileira da transformação.
É interessante observar que esses números, relativos a 2016, se mantiveram praticamente iguais aos registrados no ano anterior.
Apesar da grave crise que afetou a economia do país como um todo.
Houve, inclusive, a entrada de novas empresas para a ABEVD.
Reforçando uma tendência crescente de investimentos no setor por organizações já fortes e consolidadas em outras categorias.
Esse otimismo em torno da ABEVD, suas associadas e da própria venda direta se explica por várias razões.
Conforme informações da ABEVD, o Brasil ocupa a sexta posição no ranking mundial de vendas diretas, ficando atrás de Estados Unidos, China, Coreia do Sul, Alemanha e Japão.
Os dados são da federação internacional do setor, a World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA), à qual a entidade brasileira é filiada.
Diferentemente daqui, no entanto, onde ainda predomina o sistema de remuneração mononível (a pessoa compra o produto e o revende com uma margem de lucro média de 30%), no exterior, o MMN muitas vezes é o carro-chefe do setor.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o marketing de rede multinível responde por 97% de todas as vendas diretas.
Nesses casos, o revendedor recebe a margem de lucro e mais uma porcentagem sobre as vendas realizadas por revendedores que indicar.
Em razão do exemplo que vem de fora, há quem aposte que o futuro da ABVED e das vendas diretas no Brasil passa, necessariamente, pelo avanço do sistema multinível.
Que ainda fica abaixo dos 10% de participação, conforme estimativas.
O surgimento da ABEVD remete à década de 70.
E sua criação foi uma consequência natural de um movimento mundial de maior organização e parceria das empresas do setor de venda direta.
Tanto é assim que a WFDSA foi fundada em 1979, enquanto a ABEVD nasceu um ano depois.
Naquela época, em todo o mundo, a venda direta já somava milhões de trabalhadores, representando marcas sólidas e líderes de mercado em vendas e faturamento.
Por aqui, a fundação da associação brasileira teve o apoio fundamental de gigantes, como Avon, Natura, Vogue, Christian Gray, Jafra, Yakult, Tupperware e Stanley Home.
Era 20 de setembro de 1979 quando, em São Paulo, surgia a Domus.
Esse era o primeiro nome da entidade, batizada de Associação Brasileira das Empresas Vendedores de Mercadorias a Revendedoras a Domicílio.
Veja só que interessante: ao se perguntar o que é ABEVD, então, você está se referindo a uma entidade com quase 40 anos de atuação.
O tempo de mercado e toda a experiência acumulada, certamente, são indicativos de sua solidez.
A então Domus de cara teve que enfrentar discussões a respeito da regulamentação do setor.
De certo modo, era um momento semelhante ao vivido poucos anos antes pelos Estados Unidos.
Mas lá, os debates eram específicos sobre o marketing multinível, que no Brasil só agora começa a ter uma proposta de legislação, ainda que tramitando morosamente.
Como por aqui o relógio sempre parece andar mais devagar, levou quase 20 anos até a Domus efetivamente conseguir unir o setor.
Em 1998, o até então bom relacionamento entre as empresas associadas pôde se efetivar em parcerias.
Foi a partir de então que a entidade criou comitês de trabalho, hoje reconhecidos como a mola propulsora da associação.
De prático, o que mudou foi o foco das ações, agora mais voltado aos resultados e na tentativa de tornar o sistema de venda direta mais democrático e transparente.
As integrantes da Domus passaram a compartilhar informações, divulgaram seu volume de vendas e de produção e estabeleceram boas práticas nas relações trabalhistas.
De certa forma, o momento também foi marcante por afirmar características do modelo que hoje são reivindicadas pelo sistema multinível, como a sua confiabilidade e legalidade.
Além da ética nas relações comerciais – o que resultou em uma primeira versão do código, hoje dividido em duas partes (para consumidores e para revendedores e empresas).
Mas e a ABEVD, quando afinal ela substituiu a Domus?
Isso ocorreu em 2001, a partir de uma simplificação do nome da entidade, que passou a se denominar apenas Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas.
Essa é a entidade que estou lhe apresentado neste artigo e sobre a qual ainda há muito a conhecer.
Antes de falar sobre a estrutura e funcionamento da ABEVD, acho válido citar os três princípios da entidade e das suas associadas.
Pois isso diz muito sobre como é a proposta do setor de vendas diretas no Brasil.
Sobre esse último aspecto, eu já o comentei rapidamente ao apresentar o conceito de venda direta, mas vale reforçá-lo.
Afinal, essa característica de aliar a alta qualidade a um preço competitivo, que caiba no bolso do cliente, é certamente um dos principais segredos da solidez do setor.
Muitos são os consumidores que hoje fazem uso de produtos ainda inacessíveis no modelo tradicional de vendas do varejo, por exemplo.
como há pelo menos mais um integrante na cadeia comercial, o seu custo acaba embutido no preço – afinal, nem relógio trabalha de graça.
Isso faz com que determinadas mercadorias fujam do alcance e se restrinjam a sonhos de consumo.
Feita essa observação importante, vou explicar agora como tudo acontece nesse setor.
No comando das ações da ABEVD, há uma diretoria.
Que é formada por um conselho diretor, uma diretoria executiva, uma diretoria de assuntos institucionais e um conselho de ética.
Os atuais ocupantes desses postos têm mandato vigente até o próximo ano.
O principal cargo é o da diretora presidente da ABEVD, Ana Beatriz Macedo da Costa, executiva da Avon.
Mas não há como deixar de destacar o trabalho dos comitês, cujo foco é viabilizar e manter o relacionamento ético e produtivo entre consumidores, vendedores diretos e empresas.
São quatro comitês de trabalho, que garantem não apenas o funcionamento da ABEVD, como de todo o sistema de vendas diretas no Brasil.
Vou falar mais detalhadamente sobre os objetivos de cada um deles a partir de agora.
Como é possível ver a partir do trabalho dos comitês, a ABEVD está em permanente movimento, buscando qualificar o setor.
Cada um desses grupos é coordenado pelo representante de uma empresa associada e tem o auxílio de outros membros.
É dessa forma que a entidade propõe políticas conjuntas e que beneficiem a todos os empreendedores, não importa o tamanho de seus negócios.
No site da ABEVD, é possível encontrar uma relação de todas as empresas associadas.
No momento, há informações disponíveis sobre 42 marcas, sendo que mais de 30 delas atuam na área do marketing de rede multinível.
Antes de listá-las, cabe uma breve explicação sobre esse modelo de negócio.
O MMN se diferencia das demais modalidades de venda direta pelo formato de remuneração.
Nesse sistema, um revendedor/distribuidor recebe não apenas pelas vendas que realiza.
Mas pelas vendas realizadas por revendedores que ele recrutou e indicou para ingressar na empresa.
Em um terceiro nível, estão os revendedores recrutados pelos revendedores que ele recrutou.
E assim por diante.
Pode parecer um pouco confuso, mas na prática é interessante formar uma grande rede e receber bonificações pelas vendas de todos.
Mas a maior parte da remuneração, como em qualquer método de venda direta, virá pelas próprias vendas realizadas.
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A ABEVD não tem apenas um, mas dois códigos de ética.
Enquanto um deles é exclusivamente voltado ao consumidor, o outro se destina às empresas e seus representantes.
Segundo a entidade, os dois documentos têm por objetivo orientar as condutas no relacionamento das marcas com seus vendedores diretos e os próprios consumidores.
Os códigos abordam desde critérios de recrutamento ao respeito à privacidade.
Vou resumir agora os principais trechos de cada um dos códigos de ética:
Outro fato interessante na estrutura da ABEVD é que a empresa é formada por seis categorias diferentes de associados.
Veja quais são elas:
Como o nome indica, quando falamos de associados efetivos, nos referimos às empresas já associadas à ABEVD e que praticam a venda direta de seus produtos.
Nessa categoria, estão as organizações legalmente constituídas que produzem ou mandam produzir os seus produtos e os vendam aos revendedores.
Tendo comprovado o exercício de sua atividade comercial dentro dos padrões exigidos pelos códigos de ética.
Na condição de associados provisórios estão empresas em situação muito similar à dos associados efetivos.
Mas, como o próprio nome indica, há um caráter provisório que depende do cumprimento de algumas regras para que a associação à ABEVD se torne permanente.
Se enquadram nessa categoria as empresas que estão considerando entrar no segmento de venda direta.
E aquelas que ainda não possuem Regime Especial de Substituição Tributária em nenhum estado.
A substituição tributária se aplica porque as empresas inscritas no regime recolhem antecipadamente todo o imposto devido pela cadeia por onde passa o produto.
Sobretudo o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Dessa forma, do revendedor ao consumidor final, não há incidência de tributação.
Essa é uma condição exigida para a associação definitiva.
Entre seis e 12 meses, o associado provisório deve comprovar o exercício de sua atividade comercial dentro dos padrões exigidos pelos códigos de conduta.
Quem fornece produtos ou serviços às empresas associadas da ABEVD é considerado colaborador.
Essa figura pode ser tanto pessoa física quanto jurídica.
E, por sua atuação, colabora com o desenvolvimento da venda direta no país e atende aos códigos de ética da associação.
Os associados consultores não deixam de ser também colaboradores.
Mas se encaixam em uma categoria exclusiva em razão da natureza do suporte que oferecem às empresas associadas.
Fazem parte dela apenas as pessoas físicas e jurídicas que prestam serviços de consultoria aos demais membros da ABEVD.
Dessa forma, há também o interesse em colaborar com o desenvolvimento da venda direta no país.
E o atendimento aos padrões exigidos pelos códigos de ética da associação.
Por fim, há ainda a figura dos associados contribuintes, que guardam vínculo de afinidade com o sistema de vendas diretas.
Mas não se encaixam como empresas que a praticam ou têm interesse em praticar.
Nessa categoria, estão aqueles que exercem a atividade de intermediação.
Contratando representantes, intermediadores, agenciadores de negócios ou agentes nas suas vendas ao consumidor final.
Neste artigo, apresentei as principais informações sobre a ABEVD, a entidade que congrega empresas atuantes em vendas diretas no Brasil.
Se você tem a meta de se tornar empreendedor, esse é um segmento bastante promissor.
Sobretudo pelo avanço do marketing multinível, que deixa de ser confundido com pirâmides para mudar a vida de mais e mais brasileiros.
O potencial desse mercado é tamanho que fica difícil de ser mensurado.
Se o Brasil repetir a trajetória das vendas diretas e do MMN, da forma como ocorreu nos Estados Unidos, novos recordes de faturamento devem ser quebrados ano após ano.
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