Você sabe o que é capital de giro de uma empresa?
Uma dica importante é que seu negócio precisa dele para nascer, se manter e crescer.
Vamos entender melhor?
A ideia de abrir uma empresa sem dinheiro talvez faça parte dos seus planos, mas essa é uma meta difícil de ser concretizada.
A não ser que você tenha uma proposta realmente inovadora, o capital é peça-chave para tirar do papel qualquer que seja o seu sonho empreendedor.
Tal necessidade não desaparece assim que as portas são abertas.
Afinal, dependendo do tipo de negócio que inicie, é preciso primeiro fazer “dívidas”.
Realizando compras junto aos fornecedores para só depois da produção, vendas ou prestação de serviços começar a faturar.
Esse hiato entre o gasto e o recebimento é quase sempre um desafio e, por vezes, limita a continuidade da empresa.
Mas não é apenas no período imediatamente posterior à sua abertura que a dificuldade aparece.
Ao contrário, a necessidade de gerenciar bem o problema é permanente.
Se você ainda não tinha pensado a respeito, precisa saber o que é capital de giro e para que serve.
É com tal propósito que apresentamos este artigo.
No qual vamos explicar não apenas o que significa capital de giro e suas variações – capital de giro líquido e capital de giro próprio.
Ao longo da leitura, vamos conferir ainda dicas de administração do capital de giro para empresas.
Como calcular capital de giro e identificar a necessidade de capital de giro para o seu negócio.
Já que cuidar do dinheiro no caixa é um dever de todo gestor, mesmo sendo um microempreendedor individual, recomendamos que acompanhe as informações e recomendações deste texto.
Ao final, você se sentirá melhor preparado para realizar a análise de capital de giro e dominar o assunto.
Capital de giro é o valor que financia as operações de uma empresa.
Seu cálculo indica o quanto é necessário em termos de recursos financeiros para garantir a continuidade dos processos.
Enquanto aguarda pelos recebimentos e também para pagar na data de vencimento os compromissos assumidos.
Você deve lembrar do hiato sobre o qual falamos há pouco, que corresponde ao período existente entre o gasto junto ao fornecedor e o recebimento junto ao cliente.
É justamente para manter o negócio em pé nesse período que existe o capital de giro.
Esse valor é também empregado para a concessão de crédito próprio pela empresa.
Quando o gestor decide vender a prazo, de forma parcelada, no cheque, carnê ou boleto, ele precisa considerar que fez a compra, realizou a venda, mas ainda vai demorar a receber todo o dinheiro previsto.
Isso gera um déficit temporário no caixa, que precisa ser coberto pelo capital de giro.
Para quem vende no cartão, funciona parecido.
Entre a efetivação da transação na maquininha e o recebimento em sua conta, há prazos variados, conforme a operadora contratada e a operação em questão, se débito ou crédito.
Até aí, tudo bem, pois estamos falando de estratégias comerciais bastante utilizadas.
Mas gastar mais do que recebe e antes de receber precisa ser consequência de um planejamento bem elaborado.
Se houver inadimplência por parte do cliente, aumenta o desafio e a exigência de recursos para manter a empresa ativa.
O que é uma regra básica sobre esse indicador, e que todo empreendedor precisa saber, é que:
quanto maior for o intervalo entre a compra e o recebimento do cliente, maior será a necessidade de capital de giro.
Vamos dar três exemplos aplicados a atividades econômicas distintas que ajudam a entender melhor o conceito.
Uma pequena fábrica de calçados masculinos precisa comprar materiais diversos para produzir as peças – o couro é um deles.
As compras ocorrem em grande quantidade, exigindo um alto gasto inicial, seja para abrir a empresa ou para atender a um pedido específico.
O prazo estimado para a produção é um componente imprescindível para definir quanto em dinheiro ela precisará para:
viabilizar a compra dos insumos, pagar funcionários e demais custos operacionais e manter a sua estrutura ativa até concluir o pedido e concretizar a entrega.
Se a compra foi à vista e o recebimento entrar de forma parcelada, maior será a necessidade de capital de giro.
Vamos supor que um comércio varejista de artigos de papelaria sempre realize as compras para repor seu estoque no final do mês.
No seu caso, o prazo de recebimento é um pouco diferente do que ocorre em escala industrial.
Já que gasta tudo de uma vez e recebe aos poucos, conforme cada item é vendido.
Dessa forma, possui uma necessidade de capital de giro permanente, mas que nunca é a mesma.
Pelas características do negócio comercial, no momento de uma nova compra e nos dias que a sucedem, a carência de recursos para custear a operação costuma ser maior.
O que inclui todas as obrigações financeiras.
Empresas prestadoras de serviços, salvo exceções, costumam necessitar de menos recursos que outras atividades para se manterem ativas.
E tal característica se dá porque o principal gasto envolve a mão de obra.
No caso de uma prestadora de serviços de pintura residencial, por exemplo, além do salário dos profissionais, há despesas com impostos.
E alguns materiais aplicados, como pincéis, rolos e equipamentos de proteção individual.
Mas como não são descartáveis, as compras são menos frequentes.
Já em um restaurante, apesar de ser um serviço, há características que aproximam a sua necessidade de capital de giro de um estabelecimento comercial.
Afinal, os produtos perecíveis exigem reposição (e compras) diárias, enquanto o recurso investido em bebidas é reposto aos poucos, conforme as vendas.
Como dica final deste tópico, se você gosta de conteúdos em vídeo, vale dar uma olhada em dois que falam sobre o capital de giro.
Neste primeiro, as dicas são do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP).
Já neste segundo, o consultor Liandro Fabri fala da importância do instrumento.
Ao pesquisar sobre o assunto, é provável que você encontre definições variadas relacionadas ao termo capital de giro, e que podem causar alguma confusão.
Então, vamos tentar esclarecer agora.
Sobre o capital de giro, acreditamos que já tenha ficado claro, pois seu conceito é bastante básico sobre o dinheiro necessário para seguir ativo como empresa.
Mas e o capital de giro próprio?
Nesse caso, a referência é sobre a origem dos recursos que cumprirão com essa função.
O empreendedor faz os cálculos e identifica que a necessidade encontrada será atendida com dinheiro do próprio caixa, sem precisar contratar empréstimos, por exemplo.
Por essa condição, o termo capital de giro próprio está relacionado com a capacidade de autofinanciamento das empresas.
Ou seja, ela tem um processo sustentável entre gastos e recebimentos, conseguindo manter um ciclo positivo sem recorrer a fontes de terceiros.
Mas para saber se esse é o seu caso, não basta apenas olhar para um possível saldo azul no caixa.
Há algumas variáveis que podem indicar caminho oposto. Ainda neste artigo, vamos ensinar a fórmula para calcular o seu capital de giro próprio.
Agora, você precisa dedicar um pouco mais de atenção para entender o conceito.
Enquanto a necessidade de capital de giro está vinculada à operação da empresa e se restringe a ela, o capital de giro líquido é mais abrangente.
Também chamado de capital circulante líquido, ele indica o valor necessário para que todos os compromissos financeiros sejam atendidos.
No curto prazo e não somente aqueles relacionados à operação.
Você possui despesas administrativas, certo?
Talvez tenha também empréstimos a pagar.
Tudo isso irá aparecer na fórmula para definir a necessidade de capital de giro líquido, que iremos ensinar mais à frente.
Mas há outra diferença importante em relação ao capital de giro tradicional, por assim dizer, e ela está centrada justamente na questão do curto prazo.
Se encontrar sobra de recursos, isso pode significar dinheiro parado, o que é pouco atrativo e rentável para o negócio.
Mas uma situação contrária também está longe do ideal e você já sabe o porquê: representa o risco de não honrar os compromissos financeiros da empresa.
Assim, quanto maior for o equilíbrio entre a rentabilidade e o risco no curto prazo, melhor para o seu negócio.
Está com a calculadora na mão? Vamos agora falar dos cálculos do capital de giro, do capital de giro líquido e do capital de giro próprio.
Como já explicado, é importante que o empreendedor conheça a sua realidade.
Pois sem esse cuidado qualquer decisão estratégica tomada já nasce fragilizada.
Isso inclui a sua política de cobrança dos clientes, definição de meios de pagamento, critérios para precificação de produtos e serviços e também o planejamento de compras.
Antes da fórmula, vale esclarecer algo simples, mas que pode causar alguma confusão.
O cálculo que você precisa fazer não é exatamente do capital de giro, mas da necessidade dele.
Então, a forma mais simples de encontrar a sua necessidade de capital de giro é subtraindo as contas a pagar pelas contas a receber somada os valores do estoque.
Incluindo matéria-prima, produtos acabados, mercadorias e insumos aplicados à operação.
Nesse caso, a fórmula é:
NCG = CP – (CR + VE)
Sendo NCG (necessidade de capital de giro), CP (contas a pagar), CR (contas a receber) e VE (valor em estoque).
Vamos supor que a sua empresa tenha R$ 1,1 mil em compromissos financeiros, R$ 1,2 mil a receber e possua R$ 350 de valor em estoque.
Sua conta será: 1.100 – (1.200 + 350). Como resultado, teremos um resultado negativo de R$ 450.
Agora, os compromissos financeiros somam R$ 2,7 mil, há R$ 800 a receber e R$ 425 em estoque.
Aplicando a fórmula, o resultado positivo será de R$ 1.225.
Então, qual dos dois resultados indica a melhor situação financeira?
Não se deixe enganar, pois a necessidade de capital de giro negativa é a ideal.
Já que representa que não é preciso buscar recursos externos para financiar a própria operação.
“O capital de giro negativo é um sonho para qualquer empreendedor, investidor e gestor.
Pois significa que a princípio não existe a necessidade de investimento por parte da empresa no giro”.
Afirma em artigo o consultor de controladoria e finanças Anderson Bortolotto.
Segundo ele, a NCG negativa remete a um tipo de negócio muito mais fácil de gerir em termos financeiros.
E costuma indicar um modelo no qual o empreendedor recebe antes de pagar as contas, o que é bastante raro.
Já no exemplo do resultado positivo, significa que o empresário depende de R$ 1.225 para manter sua operação e quitar as contas dentro dos seus prazos.
E aí, começa o seu malabarismo, talvez promovendo cortes nas despesas, buscando empréstimos e renegociando com credores e devedores.
Mas talvez a situação não seja tão ruim assim (ou se revele ainda pior) ao conhecer o seu capital de giro líquido, como veremos agora.
Para encontrar o capital de giro líquido e identificar a realidade financeira completa da empresa, é preciso:
subtrair os resultados do ativo circulante (AC) pelo passivo circulante (PC).
Mas o que é isso?
Ativos remetem às entradas no caixa, enquanto os passivos indicam a saída de capital da empresa.
Entre os ativos circulantes, estão as contas a receber e as mercadorias e bens em estoque, como já falamos.
Mas também os valores no caixa e em contas bancárias, além de aplicações financeiras.
Entre os passivos, além das contas a pagar, temos:
a folha de pagamento, os impostos, os empréstimos e outras dívidas com vencimento em até um ano.
Para encontrar o seu capital de giro líquido, dedique-se aos números da sua empresa.
Liste todas as despesas e recursos disponíveis e previstos no curto prazo.
CGL = AC – PC
Agora sim, estamos falando da necessidade de buscar um resultado positivo, mas ainda equilibrado.
Como comentamos há pouco, se o capital de giro líquido for negativo, você tem um problema a resolver para custear sua operação.
Já se for muito positivo, você pode estar falhando no controle de estoque, por exemplo.
O que resulta em dinheiro parado e ainda afeta a lucratividade.
Já o objetivo de conhecer o capital de giro próprio é identificar se há necessidade ou não de buscar recursos de terceiros para financiar a operação.
Para esse cálculo, você precisa conhecer o Patrimônio Líquido (PL), que corresponde ao capital social e a lucros acumulados e não distribuídos, por exemplo.
Também o Ativo Permanente (AP), que são bens imobilizados, como móveis, imóveis, máquinas e equipamentos.
Além do Ativo Realizável a Longo Prazo (RLP), que resulta do montante de financiamento de terceiros.
A fórmula é a seguinte:
CGP = PL – (AP + RLP)
Significa que o ativo não circulante, que se divide entre o permanente e o realizável a longo prazo, tem uma parcela maior de fontes de capital de terceiros.
Ou seja, ainda que todos os recursos próprios sejam consumidos, a empresa ainda precisa de fontes externas para completar seu custeio.
São possíveis razões para esse resultado:
distribuição dos lucros, aquisições de ativos, gastos pré-operação e investimentos em outros negócios.
Agora você tem as principais fórmulas, mas antes de fazer as contas, que tal conversar com seu contador?
A não ser que tenha sido um aluno nota dez em matemática, são cálculos com alguma complexidade.
Especificamente para encontrar todos os valores que devem ser incluídos.
Entendeu a importância do capital de giro e conseguiu calcular a sua necessidade?
Resta descobrir o que fazer com o resultado obtido.
Em primeiro lugar, entenda que esse é um cálculo que deve ser realizado com alguma periodicidade.
As próprias características da sua atividade é que irão determinar a frequência da ação.
Mas é bastante possível que a necessidade de um mês não seja a mesma no período seguinte.
Caso encontre um capital de giro negativo ou próximo disso, é provável que esteja conduzindo de forma excelente a sua empresa.
Ainda assim, deve ter atenção especial quanto ao controle de contas, tanto a pagar quanto a receber.
E redobrar o controle com o estoque, evitando erros que levam a perdas nesse setor.
Já em situações em que a necessidade de capital de giro for detectada é preciso reagir para tentar evitar a busca de recursos em fontes externas.
Falaremos mais detalhadamente sobre as medidas a adotar no controle do capital de giro no próximo tópico.
Mas tenha em mente que você precisará encontrar maneiras de conter despesas e ampliar os ganhos.
O principal risco da ineficiência no controle de capital de giro está na inadimplência.
Se a sua empresa não consegue quitar os compromissos assumidos nos prazos estabelecidos, a consequência é:
multas e juros que podem encarecer bastante a fatura.
Para evitar isso, muitas vezes a medida adotada não é vantajosa, que é a busca por crédito em condições desfavoráveis.
Um cenário comum quando o empréstimo é solicitado às pressas.
Assinar um contrato assim pode resultar no comprometimento financeiro definitivo do negócio.
Gerando dívidas impagáveis no curto prazo.
É por isso que a maneira mais segura de gerenciar esse problema e conseguir custear a própria operação passa pelo controle eficiente do capital de giro.
Se você deseja ter um capital de giro próprio maior, deve esquecer a ideia de ir ao mercado em busca de crédito.
Como acabamos de ver, essa opção precisa ir para o fim da fila e só ser colocada em prática com muito planejamento.
Por vezes, o tiro sai pela culatra e o endividamento se agrava.
Confira as principais dicas para controlar o seu capital de giro:
Fazer mais por menos e em um prazo menor deve ser uma busca em todas as empresas.
Além da economia de recursos, esse tipo de mudança permite aumentar os ganhos.
Mas é importante aliar a produtividade à qualidade de vida no trabalho.
Pois sem colaboradores satisfeitos o desempenho da equipe cai.
Por mais que você já seja um empreendedor dedicado ao controle financeiro, sempre dá para cortar mais.
Por vezes, os vilões do orçamento empresarial se escondem nos pequenos detalhes.
Como a conta telefônica, o material de limpeza e até o café.
A inadimplência tem duas formas principais de controle: a preventiva e a corretiva.
Na primeira, ações objetivam evitar o problema, como ao só disponibilizar crédito próprio adequado ao perfil do seu cliente e restrito aos bons pagadores.
Na segunda, ter uma política bem clara para contatar, negociar e reaver os valores atrasados ou não pagos.
Assim como para você é melhor que o cliente pague de forma parcelada do que não pagar, seu fornecedor tende a pensar o mesmo.
Converse com ele, que precisa ser um parceiro do negócio, para melhorar as condições de pagamento.
Permitindo que nenhum compromisso seja atrasado.
Esse é o período existente entre a compra junto ao fornecedor e o recebimento pelo cliente.
Quanto maior ele for, maior também será a necessidade de capital de giro.
Se já negociou prazos mais atrativos nas compras, que tal priorizar formas mais rápidas de receber?
O boleto e o cartão costumam agradar aos clientes.
Se você também pensa assim, conheça a conta.MOBI.
Além da conta digital que qualifica a gestão financeira pelo empreendedor, com emissão de boletos integrada, fácil e ilimitada, a startup fintech oferece ainda um leitor de cartão.
Solução com algumas das menores taxas do mercado e um prazo incrível de 5 dias para liberar na conta os valores das transações.
Essa é a última dica de controle do capital de giro, mas talvez seja o primeiro passo a adotar.
É a observação do fluxo de caixa, com o correto e pontual registro de despesas e receitas, que irá permitir identificar onde você tem falhado.
Porque não sobra dinheiro e onde há margens maiores para aplicar políticas de cortes.
Apresentamos neste artigo a definição de capital de giro e as principais dicas sobre a sua importância, como calcular e controlar.
De posse dessas informações, acreditamos que você esteja melhor preparado.
Agora pode estimar os recursos que necessita para manter a empresa ativa e sem deixar de pagar nenhuma conta no prazo de vencimento.
Como dica final, vale reiterar a recomendação para que seja um empreendedor dedicado ao controle financeiro.
Atento às receitas e despesas e interessado em se informar sobre todos os conceitos e processos que facilitem a gestão.
Agora que o capital de giro faz mais sentido para você, que tal colocar em prática o que aprendeu neste artigo?
Seu negócio só tem a ganhar.
Comprar pela internet já faz parte do nosso cotidiano, especialmente pelos benefícios que essa modalidade de compras oferece como receber…
Para quem espera muitas promoções para poder comparar preços e comprar, o dia do consumidor é uma ótima oportunidade. Confira…
Entender o que é Bitcoin pode parecer complicado. A tecnologia é inovadora a ponto de contar com conceitos diferentes. Em…
Se hoje você trabalha no conforto do seu lar munido apenas com o seu notebook e armazenando todos os arquivos…
Esqueça os planos de negócios com diversas páginas e uma porção de números: com o Business Model Canvas, fica muito…
O nome não deixa dúvidas: o banco de investimentos é especializado nas modalidades de investimento, seja para pessoas físicas ou…