Inovação disruptiva é um termo relativamente novo.
Representa o que costuma ser aquele pontinho fora da curva de quem tem jeito para pensar fora da caixa.
Se a primeira palavra que veio à sua cabeça foi o tal “diferentão”, o novo, talvez o raciocínio esteja no caminho certo.
Esse termo é utilizado para definir pessoas, negócios e ideias que não se enquadram nos modelos tradicionais e conhecidos.
Se desmembrarmos a palavra, até não fica muito difícil saber o significado de inovação.
Coisas novas, fora do tradicional, que agregam novos valores ao que é comum são exemplos de inovação.
No entanto, no que tange à inovação disruptiva, o conceito vai um pouco além do que é novo.
Ele rompe modelos já conhecidos, gerando novas demandas, mudanças autênticas nos negócios e também na forma de atender às pessoas e de prestar serviços.
Apenas por essa definição já dá para você ter ideia do quanto esse conceito vem sendo almejado por empreendedores.
Todos aqueles que desejam elevar seus negócios ao próximo nível, conquistar mercados e ganhar destaque se interessam pela disrupção.
Mas por que isso acontece, afinal?
O artigo de hoje fala exatamente sobre isso.
Vou apontar razões para acreditar que a inovação disruptiva pode ser o que falta para o seu negócio explorar todo seu potencial.
Vamos nessa? Boa leitura!
A teoria da inovação disruptiva foi um conceito introduzido por Clayton M. Christensen, professor de Administração na Harvard Business School, famosa instituição de ensino norte-americana.
No entanto, esse conceito só se popularizou a partir do livro O Dilema da Inovação, publicado em 1997, que aborda pontos da sua pesquisa sobre a indústria do disco rígido.
Saiba mais sobre a obra neste vídeo.
Assim, como já mencionei antes, a inovação disruptiva é o fenômeno pelo qual as inovações transformam um mercado ou setor que já é existente.
Isso é feito de maneira simples, conveniente e acessível.
Dessa forma, as empresas podem se ver diante de alternativas que minimizam problemas, reduzem custos e atendem demandas.
Não é apenas uma reciclagem para nichos que já se encontram defasados, ou se mantêm na mesmice, sem grandes avanços, perspectivas ou novidades.
Na verdade, é uma solução (e uma revolução, por que não?) para negócios que estão desinteressantes, estagnados e já não mais satisfazem seus clientes.
A inovação disruptiva pode surpreender com novos produtos ou ideias que redefinem negócios.
Ainda não parece claro?
Vou trazer para mais perto da nossa realidade, utilizando como exemplo o que aconteceu com o computador pessoal.
Quando surgiram os primeiros computadores, as máquinas eram grandes e custavam muito caro.
Você certamente já viu uma foto antiga os retratando.
Se não viu, pesquise no Google.
Mas as particularidades não se limitavam ao tamanho dos gigantões.
Era necessário ter experiência para operar esse sistema e não era possível ter um deles em casa, por exemplo.
Mais para a frente, logo no final de 1970 e início de 1980, ele tomou um novo formato e passou a ser vendido como um brinquedo para criança.
Obviamente, essa versão sequer poderia competir com as grandes máquinas de armazenamento de dados, utilizadas como ferramenta de pesquisa científica ou ferramenta de trabalho.
Afinal, ninguém poderia pagar por grandes computadores ou tê-los em casa em um pequeno espaço, para uso doméstico.
Surgiram então os PCs (do inglês Personal Computer, ou computador pessoal).
Essa era uma alternativa “caseira”, obviamente bem maior do que o que conhecemos atualmente, mas já era melhor que nada.
Aos poucos, a invenção foi aprimorada, comprimindo seu formato, chegando aos modelos atuais.
As versões em caixa dos computadores foram substituídas por notebooks, laptops e até celulares inteligentes, os smartphones, que podem ser levados para todos os lugares.
Os teclados foram substituídos pelo touch (tela sensível ao toque) e às grandes estações para memória por pequenos chips e nanochips.
A tecnologia ajudou, mas alguém teve a ideia.
Ou seja, a inovação disruptiva sempre tem um “pai” por trás dela.
Perceba que, das grandes máquinas iniciais, foram surgindo novos mercados, mas mais do que inovadores.
Eles ofereceram melhores produtos, com maior adaptação às reais necessidades dos clientes.
Além disso, o produto se tornou muito mais acessível na medida que foi popularizado.
Isso gerou concorrência e resultou em um alívio no monopólio das grandes empresas.
A forma como aconteceu com os computadores é evidente, mas também ocorreu com o telefone, por exemplo e com tantos outros setores.
Por que não pode também acontecer com você, então?
Que o cliente sempre tem razão, não se pode negar.
De certa forma, ouvir as necessidades dele faz com que você perceba aquilo que falta no seu negócio.
Assim, contribui para que possa oferecer melhorias quanto aos produtos e serviços que disponibiliza.
Não se trata de uma possibilidade, mas de um compromisso.
Afinal, isso proporciona maior lucratividade e competitividade para sua empresa, colocando-a à frente no que diz respeito ao posicionamento de mercado.
Ou seja, como compromisso, todos perseguem o mesmo objetivo.
É inegável que existe uma pressão competitiva que segue a mesma linha de raciocínio em busca do sucesso.
Diante disso, algumas empresas acabam vendo na inovação um investimento inatingível, já que não é algo barato.
A ideia de inovação disruptiva, contudo, levanta a hipótese de trabalhar com um produto acessível.
Isso abre portas a empreendedores de todos os portes, mas talvez não a todas as atividades.
É especialmente uma aposta que se destina a setores específicos, como tecnologias emergentes, startups e novos modelos de negócios que vislumbram um caminho de evolução constante.
Mas empresas já estabelecidas também podem aderir a isso.
Afinal, existe uma nova forma de o público se relacionar com suas soluções, já que aos clientes elas também chegam com um melhor custo-benefício.
É importante que qualquer empresa não fique parada no tempo, pois pode perder posicionamento para novatas atentas.
Se elas se consolidam ao oferecer soluções simples, práticas e acessíveis, podem até mesmo alterar o funcionamento de determinado setor já consolidado.
E é justamente pensando nisso que algumas empresas que lideram mercados, mesmo exibindo números de deixar o queixo caído, não param no tempo.
Elas mantêm um processo contínuo para atender cada vez melhor as necessidades do cliente.
Na pauta dessas grandes corporações, a inovação disruptiva está sempre presente.
Então, por que não pode estar também no seu negócio?
Como acabei de referir no tópico anterior, há gigantes no mercado bastante conectadas ao conceito de inovação disruptiva.
Isso não significa que só elas podem “pensar fora da caixa”.
Então, com essa comparação, quero dizer para você, empreendedor, se inspirar e não temer.
Empresas que utilizam a inovação disruptiva funcionam a partir de uma lógica peculiar e até certo ponto conservadora.
Afinal, todas as suas atividades possuem um fim que é alimentar o sucesso.
É claro que o objetivo é manter a necessidade das pessoas em primeiro lugar, mas quem não quer construir um amplo crescimento em números e performance?
Quem não deseja ocupar um papel de destaque, uma boa fatia de participação no mercado?
Pois no exemplo que vou apresentar agora, todas essas características estão presentes.
A Coca-Cola é líder do mercado mundial de refrigerantes.
Chegar a essa condição não deve ter sido fácil, mas ainda mais difícil é se manter no topo.
Para tanto, a inovação disruptiva não sai da agenda.
Um dos mais recentes esforços tenta tirá-la do papel de vilã da alimentação saudável.
Não faz muito tempo que a empresa ofereceu o prêmio de um milhão de dólares (cerca de R$ 3 milhões) para quem encontrasse um substituto para o açúcar em seus refrigerantes.
Talvez você se lembre agora que a marca já possui uma versão com stevia, que é uma planta com rica capacidade adoçante.
Mas é aí que entra a inovação disruptiva.
O desafio da Coca-Cola aponta para a busca de uma solução que não leve em conta a stevia e a siraitia.
Também não podem ser usadas quaisquer plantas protegidas por leis ambientais ou proibidas de manipulação sob quaisquer mecanismos legais.
Veja como uma empresa famosa, de faturamento bilionário, gigante no setor da indústria alimentícia e com mais de 130 anos de tradição no mercado, não se absteve de um obstáculo importante para seu crescimento ainda maior.
Ela não se furtou de pedir auxílio para encarar um desafio que surgiu a partir de uma nova necessidade.
O seu cliente é que criou a demanda.
E a empresa não aceita parar no tempo.
Pessoas que não consomem açucar e não gostam de refrigerante zero (com adoçantes artificiais), possivelmente terão uma opção a mais no futuro.
Como já mencionei, não estamos falando da bebida mais saudável do mundo.
Mas por que a Coca-Cola se preocuparia em trazer aos seus clientes uma versão menos calórica do seu carro chefe, se não fosse uma exigência do mercado com futuro promissor para a marca?
Nesse sentido, a inovação disruptiva já passou da fase de ser considerada uma moda para uma tendência entre as empresas.
Não são apenas exemplos isolados que se encontram aqui e acolá.
As empresas estão interessadas em mostrar novos produtos e serviços ao mercado, que se destacam pela simplicidade e por solucionar necessidades inerentes ao dia a dia.
Já existem setores e profissionais dedicados a pensar em ideias mais que inovadoras tanto para novos negócios, quanto aqueles que já estão estabelecidos.
No LinkedIn, por exemplo, é comum encontrar profissionais cujo título profissional é Business Transformation Officer (BTO), que seria um agente de transformação de negócios.
Quanta responsabilidade, não é mesmo?
É mais uma prova de que as inovações disruptivas agregam transformações profundas nas empresas e nos negócios.
Essas mudanças não afetam apenas a preferência dos consumidores por determinados produtos ou serviços, mas modifica toda a forma de funcionar de determinado setor do mercado.
Assim, se uma nova demanda é criada, mas é atendida de forma até insatisfatória por grandes empresas, por que não aceitar o desafio?
Sobra espaço para negócios menores que valorizam o planejamento, o marketing e assim geram lucro em suas operações.
A aliás, o que é pequeno hoje pode ser gigante amanhã.
Quer um exemplo?
Outro exemplo a ser considerado é o do WhatsApp, que fornece um serviço gratuito de mensagens instantâneas.
O aplicativo surgiu como uma opção aos caros, obsoletos e limitados SMS.
Hoje, o WhatsApp pode ser utilizado, inclusive, sem consumir o plano de dados móveis no aparelho.
Foi uma opção criada por um imigrante ucraniano radicado nos Estados Unidos e não por uma empresa de telefonia preocupada em baratear o serviço oferecido aos seus clientes.
Assim, as mudanças podem ser observadas em diversos setores.
Todo esse novo modelo pode ser considerado uma inovação disruptiva em um negócio vigente.
E isso se aplica a qualquer setor.
Para reforçar o que acabei de falar sobre as possibilidades da disrupção em setores diversos, quero falar rapidamente sobre os serviços financeiros.
Quando esse assunto entra em pauta, logo as pessoas associam aos bancos, sobretudo aos mais conhecidos no mercado.
Mas um grande número de brasileiros são desbancarizados, ou seja, não possuem relacionamento com nenhuma instituição financeira.
Como, então, podem ter acesso a serviços oferecidos por esse mercado, como cartão de crédito, empréstimos, pagamentos e recebimentos?
O fenômeno da inclusão financeira no mundo (inclusive no Brasil) atende pelo nome de startups fintechs.
São empresas que aliam tecnologia a soluções financeiras.
Um bom exemplo são as contas digitais, que dispensam a necessidade de vínculo com bancos.
O mercado exigiu e empresas responderam.
Hoje, qualquer brasileiro pode ter acesso a serviços financeiros eficientes e baratos, muitas vezes a custo zero.
Da mesma forma, as contas digitais também dão acesso a cartões e alguns serviços comuns em contas de modelos tradicional.
A burocracia, por sua vez, também fica de lado.
E tudo isso respeitando a legislação, sem nada de ilegal ou irregular.
É importante destacar isso, pois nem sempre a lei favorece as inovações disruptivas, podendo ser inclusive um obstáculo a iniciativas.
Não é raro que algumas grandes empresas, quando ameaçadas pela inovação, acabam recorrendo à lei para tentar proteger seus interesses e a sua fatia de mercado.
Querem prevenir a influência que os novos produtos ou serviços mais simples e baratos possam vir a representar.
Esse é um dos principais pontos de atenção das iniciativas que provocam inovação disruptiva.
E é também uma ótima notícia para micro e pequenos empreendedores que desejam ganhar competitividade em um mercado que, às vezes, é tomado por gigantes.
Acabei de destacar aspectos importantes da inovação disruptiva e de como ela impacta no mercado.
É, certamente, capaz de realizar uma revolução.
A inovação disruptiva pode conceder vantagem competitiva a pequenos ou micro negócios.
Além disso, pode trazer mais informações ao cliente.
Assim, proporcionar maior poder de compra e escolha.
Também facilitar processos e baratear produtos, que acabam se tornando cada vez mais acessíveis.
A inovação disruptiva proporciona a popularização daquilo que ficava limitado a poucos clientes.
Então, vai dizer que não é uma revolução de verdade?
A essa altura do texto, você deve estar se perguntando o que inovação tem de diferente de inovação disruptiva.
Afinal, tudo parece ser referente a produtos e serviços novos, não é mesmo?
A confusão é normal, mas existe uma diferença básica que é o fato de a inovação ser única e simplesmente parte de um modelo já existente.
Assim, a partir desse modelo que não é inédito, um novo surge, mais aperfeiçoado, com funções agregadas, o que proporciona maior eficiência ao cliente.
Isso não quer dizer que mudanças significativas aconteçam no mercado.
Afinal, ele continua sendo atendido pelas mesmas marcas, empresas, produtos ou serviços.
Perceba que não existem grandes rompimentos na cadeia mercadológica já existente.
O mesmo não acontece na inovação disruptiva.
Nesse caso, entra em cena algo que é muito difícil de mensurar, chamado de intuição.
Vai muito além de pesquisa e estudos direcionados a produtos ou serviços inovadores.
Como exemplos não faltam, vou citar Henry Ford dessa vez.
Quando o pai da indústria automotiva criou seus primeiros veículos, a ideia não surgiu das pesquisas ou dos estudos de caso, mas da crença de que o carro seria algo necessário e útil para a vida das pessoas.
O feeling para o negócio e a necessidade do mercado fizeram com que o seu produto fosse eficiente.
Sua famosa frase resume exatamente como a sua intuição foi o norte para as criações:
“Se eu perguntasse o que meus compradores queriam, teriam dito que era um cavalo mais rápido”.
O desenvolvimento dos veículos promoveu uma completa mudança em todos os paradigmas e, por isso, pode ser classificado como inovação disruptiva.
Uma empresa pode ser muito bem-sucedida quando vai ao encontro da inovação disruptiva.
Isso pode ser essencial para que ela se destaque entre tantas opções.
Veja em que pontos do seu negócio ela pode fazer a diferença:
A intuição é importante, de fato.
No entanto, a estratégia será fundamental, pois inova melhor quem sabe onde quer inovar.
Por isso, é importante delimitar plataformas de oportunidades disruptivas que precisarão ser desenvolvidas.
Inovações disruptivas precisam ter uma lógica de análise que deve ser feita de forma diferente dos demais processos.
Elas são difíceis de analisar antes, já que os novos clientes não são boas fontes de informação, enquanto os potenciais clientes têm pouca referência para dar informação.
Como o produto ou serviço rompe tendências, o caminho pode não ser seguro.
Assim, lidar com inovação disruptiva quer dizer lidar também com um contexto de ausência de informações sobre clientes e desempenho das novas tecnologias.
Não há um padrão que pode ser seguido e é necessário produzir conhecimento sobre o processo.
E a melhor forma de fazer isso é conversando diretamente com o cliente e indo a campo, fazendo imersão e estabelecendo hipóteses.
Com isso, é possível desenvolver uma lógica para o processo que vai do cliente para o modelo de negócio.
Como consequência, determinar um padrão que pode chegar até o financeiro, refinando o nicho e a sequência como um todo.
As inovações disruptivas precisam ser tratadas fora da empresa, pois envolvem abordagens distintas.
Elas, algumas vezes, acabam gerando divergência direta com as operações já existentes e os interesses de seus respectivos gestores.
Isso pode ser desafiador e muito útil para o negócio ao mesmo tempo.
Toda inovação disruptiva, quando iniciada, precisa de um time que tenha experiência na criação de novos negócios.
Propor novas metas pode ser muito bom para motivar sua equipe, além de trazer excelentes resultados.
O fato de propor uma inovação disruptiva no seu negócio, é capaz de potencializar o compromisso da sua equipe a ser uma ferramenta na mão do líder.
Pode ser um ponto a favor da alta gestão.
Investir em inovação disruptiva talvez seja a melhor forma de colocar em prática o conceito tão famoso de “olhar fora da caixa”.
Utilizar a intuição em um negócio que depende de lucro pode até ser difícil e arriscado, uma situação que desafiadora e que deixa dúvidas.
No entanto, quando se investe nisso, sua empresa pode alcançar um próximo nível e ser elevada a patamar superior.
Todo tipo de inovação é importante quando se pensa em abrir empresa ou trabalhar para o seu crescimento.
Já quando falamos em inovação disruptiva, que foi o tema deste artigo, esse desafio adquire uma proporção única.
Apresentar ao mercado uma solução ainda inédita para as necessidades dele pode não ser fácil – e realmente não é.
Por outro lado, quem se dispõe a isso e alcança o sucesso muda de realidade.
Você pode ser um pequeno empreendedor hoje, mas conduzir um negócio gigante amanhã.
E isso só é possível porque o mercado precisa de disrupção, mas poucos conseguem oferecê-la.
Será você o próximo?
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