Fazer empréstimo com parcelamento a juros simples são uma excelente opção para gastar menos, tanto quanto juros compostos são uma grande vantagem para fazer o dinheiro aplicado crescer.
Complicado para entender?
Então, vamos por partes.
Quando o assunto são os juros, não há nada melhor do que seguir pelo caminho do conhecimento, que é o que você está fazendo agora.
O seu conceito, por exemplo, é muito antigo.
Antes mesmo da existência de moeda, na Babilônia, cerca de 2000 a.C., o pagamento dos juros era realizado através de sementes.
Só que endividar-se com sementes não era nada perto dos débitos que envolvem dinheiro.
Esses, sim, podem facilmente se transformar em uma bola de neve, que é o assunto sobre o qual vou falar neste texto.
Em primeiro lugar, temos que entender que os juros são o preço que pagamos para usar um dinheiro que nos foi emprestado por determinado período.
Seguindo nessa mesma linha de entendimento, também recebemos esse pagamento, caso sejamos nós os responsáveis por emprestar o dinheiro.
Mas você realmente sabe o que isso quer dizer na prática?
No artigo de hoje, explico um pouco mais sobre as diferenças entre juros simples e compostos, como evitar que eles adiem seus sonhos e fazer com que eles trabalhem a seu favor.
Juros simples são aqueles aplicados sobre o capital inicial durante o período inteiro em que este se mantém aplicado.
Logo, essa taxa é fixa.
Capital inicial é o valor em dinheiro disponibilizado no início da transação.
Esse tipo de juros, geralmente, é utilizado em operações de curto prazo.
Pode ser aplicado também quando o pagamento é feito de uma única vez em uma data posterior, desde que seja pré acordada.
Vamos partir para um exemplo que simplifique o entendimento sobre o conceito.
Existe uma fórmula muito simples, comumente utilizada para calcular juros simples:
JS = C x T x t
Onde:
Assim, vamos simular uma situação com valores hipotéticos.
Imagine que X empresta R$ 1.000,00 a Y.
Ambos concordam com uma transação baseada em juros simples, na qual o dinheiro ficará emprestado pelo prazo de 3 meses a uma taxa de 3% ao mês.
Então, pergunto: quanto de juros será pago por Y? E qual será o valor final que ele irá desembolsar?
Vamos detalhar como será realizado o cálculo dessa operação:
Completando-se, temos:
JS = 1.000 x 3 x 0,03
JS = 90
Sumarizando, o valor de juros pago por Y é R$ 90,00 e o custo total ao final do empréstimo será de R$ 1.090,00.
Em seguida, vamos analisar como ocorreria caso essa operação acontecesse com juros compostos.
Mas, primeiramente, vamos definir o conceito.
Os juros compostos são os famosos juros sobre juros.
Eles são aplicados ao capital inicial por períodos, que geralmente são contados mês a mês.
Logo, os valores incidem sobre o capital, fazendo com que ele aumente a cada 30 dias.
Por isso, pode-se considerar um valor de juros constante, incidindo sobre um novo montante mensalmente.
Montante é o valor final rentabilizado, conhecido após incidir algum juros sobre o capital inicial.
Esse é o tipo de juros cobrado pelos bancos e financeiras quando fazem um empréstimo, por exemplo.
Vamos deixar tudo isso mais claro com um exemplo prático?
Aqui, a fórmula utilizada para calcular juros compostos é um pouco diferente.
Veja só: M = C x (1 + T)t
Dessa forma, temos:
Para comparação de valores entre juros simples e compostos, vamos tomar como base o mesmo exemplo utilizado para cálculo de juros simples.
Vamos relembrar?
Imagine que X empresta R$ 1.000,00 a Y.
Eles concordam com uma transação baseada em juros compostos, onde o dinheiro ficará emprestado pelo prazo de 3 meses a uma taxa de 3% ao mês.
Então, pergunto: quanto de juros será pago por Y?
E qual será o valor final que ele irá desembolsar?
Detalhando como cada incógnita deve ser substituída:
Substituindo, temos:
M = 1.000 x (1 + 0,03)3
M = 1.000 x (1,03)3
M = 1.000 x 1,092
M = 1.092
Aqui, ao final, o valor de juros pago por Y é R$ 92,00 e o custo total ao final do empréstimo será de R$ 1.092,00.
Com esses exemplos básicos e tomando como critério o preço dos juros pagos, podemos considerar que os juros compostos são mais caros que os juros simples.
Mas não paramos por aqui.
No próximo tópico, vamos apontar as diferenças entre cada modalidade.
É importante analisar qual a diferença principal entre juros simples e compostos, pois conhecimento é sempre uma excelente opção a nosso favor.
Assim, os juros simples acabam por ser menos lucrativos.
Por isso, a maior parte das empresas e instituições financeiras trabalha com juros compostos.
Eles são calculados tomando como base o valor do capital inicial e da primeira prestação.
A taxa de juros permanece a mesma, incidindo sobre um montante que muda mensalmente.
Cito mensalmente, por que esse é o modo mais utilizado para repassar o valor de juros ao cliente.
No entanto, a taxa também pode ser anual ou diária.
Quando um empréstimo é parcelado em mais de 12 meses, por exemplo, no caso de um financiamento, pode-se ter uma taxa de juros anual.
No entanto, vale observar que, na maior parte das vezes, o valor é corrigido mensalmente.
Por isso, as parcelas de um financiamento diferem de valor mês a mês.
Já quando há vencimento de uma conta, pode-se cobrar juros diários sobre o valor real, por exemplo.
Até aqui, você já entendeu que é muito melhor tomar um dinheiro emprestado quando sobre ele incidem juros simples, correto?
Nem tanto. Essa escolha nem sempre é tão sua, como veremos a seguir.
Primeiro, é preciso ver o empréstimo como um produto que o banco “vende”.
Levando isso em consideração, devemos entender como é o mecanismo pelo qual se formam os preços de um produto, pois assim acontece para calcular a taxa de juros em um empréstimo ou financiamento.
Quando um produto é precificado, são levados em consideração o custo de produção do produto, o custo da venda e o lucro.
O mesmo acontece para se calcular o preço de um empréstimo e os juros.
Parece muito, mas considere que o banco paga aos seus clientes um valor para que mantenham o dinheiro ali.
Quer seja com um simples depósito ou com grandes valores em investimentos, os clientes que colocam dinheiro no banco estão, de certa forma, emprestando ao banco.
Mas para tanto, também recebem algum valor de juros ou correção monetária pago pelo banco.
Da mesma forma, caso o banco tenha muitos inadimplentes, ficará sem dinheiro para pagar os investidores que lhe fornecem o dinheiro para emprestar.
Entenda, então, que é por isso que a taxa de juros acaba sendo maior quanto maior for o risco de determinado cliente não devolver o dinheiro emprestado.
Mas tudo isso foge do seu alcance, já que a definição é exclusiva da instituição financeira.
Você não é obrigado a concordar com as taxas, da mesma forma que o banco não é obrigado a lhe emprestar o dinheiro.
Clientes mais antigos e com bom relacionamento tendem a ter melhores taxas de juros ao adquirir produtos ofertados pelo banco.
Além disso, como empresa, os bancos também acabam por ter lucro sobre a venda de seus produtos para que se sustentem.
Logo, tudo isso compele para resultar em uma taxa que incide sobre a compra do produto de interesse que, no caso, é o empréstimo ou financiamento.
Mas você deve estar se perguntando: ok, seria correto eu pagar por tudo isso?
Pensemos a respeito.
Obviamente, mexer no bolso incomoda todo mundo.
As pessoas querem as melhores condições, as melhores taxas e comprar mais barato.
Brasileiro já é conhecido, mundialmente, por pedir desconto.
Por isso, a polêmica pela cobrança dos juros compostos sempre foi muito grande, inclusive considerada injusta por longo período de tempo pelos consumidores.
No entanto, o famoso cálculo de juros sobre juros não se aplica apenas ao dinheiro que se toma emprestado, como também ao dinheiro que se empresta.
Como disse no tópico acima, os investidores recebem os juros quando aplicam algum dinheiro.
Assim, os mesmos juros que aparecem na cobrança sobre empréstimos também se manifestam quando da remuneração sobre investimentos, guardadas as devidas proporções, é claro.
Digo proporções, pois é aqui que está o ponto para obtenção de lucro.
Os juros que são pagos pelo banco quando se deposita ou investe um dinheiro são sempre menores que as taxas cobradas quando se vende um empréstimo ou financiamento.
Portanto, embora seja matematicamente justa a aplicação dos juros, a cobrança abusiva é que não é justa.
É contra isso que devemos lutar!
Por isso, é importante você estar atento sobre como e quanto custam os juros para fazer a melhor escolha para as suas necessidades.
Mas afinal, quanto custaria um empréstimo de R$ 10.000,00 baseado em juros simples e compostos?
Conforme mencionei antes, um dos critérios para o banco simular a taxa do empréstimo é saber a probabilidade de que será ressarcido.
Por isso, na simulação solicita que se informe a renda mensal.
Nos exemplos com empréstimo a juros simples e compostos, que apresento agora, usei como base uma renda mensal de R$ 3.000,00.
Vamos considerar uma simulação real sem citar o nome do banco.
A simulação deste empréstimo pessoal foi feita em 24 de julho de 2017, adotando as taxas fornecidas pelo próprio banco em seu site.
Então, o valor do empréstimo é R$ 10.000,00, a taxa de juros ao mês é 11,62% (anual 139,51%) e o prazo para devolução é de 36 meses (3 anos).
Utilizando a fórmula que já citei aqui, temos:
M = C x (1 + T)t
M = 10.000 x (1 + 0,116)36
M = 10.000 x (1,116)36
M = 10.000 x (1,116)36
M = 29.343
Vamos dividir o valor total por 36 para saber quanto seria o valor das parcelas para pagamento.
Assim:
P = 29.343/36
P = 815,08
Ao final, temos os seguintes resultados:
Agora, vamos considerar o mesmo valor de R$ 10.000, com a mesma taxa de juros de 11,62% ao mês, para pagamento em 36 meses.
No entanto, aqui consideramos um exemplo com juros simples.
Utilizando a fórmula já citada acima, temos:
JS = C x T x t
JS = 10.000 x 0,116 x 36
JS = 41.760
Também vamos dividir esse valor por 36.
P = 41.760/36
P = 1.160
Nossos resultados:
Difícil de acreditar em tais resultados, não é mesmo?
Mas pode acreditar, pois essas simulações foram realizadas no site de um tradicional banco brasileiro.
Então, vamos entender o porquê de tanta diferença?
Em primeiro lugar, cabe destacar que estamos falando de juros aplicados a um empréstimo e não a um investimento.
Quando se faz um empréstimo, o capital vai sendo pago e os juros recaem sobre o saldo devedor e não sobre o montante emprestado no início.
Assim, a cada parcela paga, ocorre o que se chama de amortização.
Ainda que estejamos falando de juros simples, na maior parte das vezes, o tomador do crédito paga juros até a última parcela.
Então, mês a mês, ele amortiza um pouco da dívida, mas a maior parte do valor pago se destina aos juros.
As regras mudam um pouco quanto ao sistema utilizado, que pode ser tanto a chamada Tabela Price ou a SAC, que são um assunto à parte.
Mas o principal agora você já sabe: ao tomar um empréstimo, é preciso saber já no início o quanto ele vai lhe custar lá no final.
E como vimos, a conta pode ficar bem salgada.
Fazer uma dívida e conseguir honrar com os pagamentos nem sempre é fácil.
Como vimos nos exemplos já apresentados, muitas vezes, os juros representam uma verdadeira armadilha.
E quem não está atento facilmente transforma seu débito em uma dívida impagável.
E tudo isso tem a ver com a famosa bola de neve dos juros sobre juros.
Quer prevenir esse tipo de problema?
Siga as sete dicas que eu preparei especialmente para você.
Tomar para si um dinheiro emprestado nem sempre é a opção mais segura.
Por isso, antes de remediar um problema, a melhor solução é preveni-lo.
Com as suas finanças, a mesma lei funciona. E funciona muito bem.
Ficar longe de dívidas é o melhor caminho para uma vida financeira segura.
Ter uma planilha, organizar-se ao fazer suas compras e parcelamentos é melhor do que contratar um empréstimo para apagar o fogo de uma situação.
No entanto, se já for tarde demais…
É importante analisar se não existem outros caminhos que te levam ao pagamento da dívida e que acabam saindo mais barato.
Existem opções menos onerosas para o pagamento de dívidas e o empréstimo, principalmente se for pessoal e para negativados, deve ser uma das últimas alternativas.
Além disso, o empréstimo deve ser adquirido para pagar dívidas caso a proposta seja viável, ou seja, uma parcela não pode se tornar apenas uma parcela a mais e comprometer o seu orçamento sem resolver a situação.
Caso o empréstimo seja, realmente, a melhor opção, vale pensar nele como um produto.
As empresas, no caso bancos, também acabam competindo por clientes e fazem isso oferecendo melhores condições de prazos e para o pagamento.
Não deixe essa oportunidade escapar de você.
Afinal, você também é um cliente!
Aqui é o ponto de analisar o que você viu até agora sobre juros.
Pense e pesquise se esse empréstimo será vantajoso.
Ao final da operação, quanto você pagará pelo dinheiro emprestado?
Esqueça aquela ideia de que deve ter parcelas que cabem no seu bolso.
Pense também na taxa de juros que você está pagando e quanto isso resulta em dinheiro, no fim das contas.
É claro que você já ouviu sobre empréstimo para negativado, sem consulta e sem burocracia.
Mas seja cauteloso com promessas de dinheiro fácil.
Lembre que a instituição financeira cobra pelo risco de não receber o dinheiro.
Assim, um empréstimo muito fácil de ser liberado é, sem dúvidas, aquele que cobra os maiores juros do mercado, o que o aproxima ainda mais da inadimplência.
Você já viu no exemplo real que apresentei neste artigo como é importante simular o empréstimo para fugir de ciladas e garantir boas taxas.
Ao pedir simulação em vários bancos, você já está negociando.
Com o simulador, você analisa se o empréstimo é mesmo a melhor opção e se realmente cabe no seu bolso no longo prazo.
Perceba como o planejamento é importante.
Você precisa, obrigatoriamente, contratar um empréstimo que possa pagar para que a sua conta não vire uma bola de neve de juros sobre juros.
Então, antes de tudo, veja como esse parcelamento irá impactar seu orçamento e como será preciso realocar seus recursos para honrar o compromisso.
Assim como existem juros, também existem descontos simples e compostos.
Por isso, como bônus, vou falar resumidamente sobre isso.
É muito comum pedir desconto e pode ser muito lucrativo se você tem o dinheiro disponível para pagamento à vista.
E não é só ao comprar um objeto que você pode pedir desconto.
Quando se faz um financiamento ou empréstimo, por exemplo, você tem essa possibilidade ao pagar um título antecipadamente.
Se compararmos com os juros, veremos a seguinte razão:
Por isso, faça as contas.
Ao contratar um empréstimo ou financiamento (tanto de imóvel quanto de veículo), havendo a possibilidade, vale a pena antecipar o pagamento para redução dos juros.
Deu para perceber que um empréstimo não custa barato, não é mesmo?
Mas isso não significa que seja um produto financeiro proibido.
Em muitas situações, esse recurso extra pode ser fundamental.
Para que isso se concretize, no entanto, tudo deve ser feito através de planejamento.
Sem planejar, você não sabe exatamente quanto vai gastar no empréstimo, nem como vai pagar as prestações.
O resultado é fácil de prever e não raro acaba com o contratante ficando de nome sujo.
Conhecimento é a chave do sucesso e você já percebeu que a matemática também pode ser utilizada a seu favor quando se trata de juros sobre juros.
Ao investir corretamente, seu dinheiro pode crescer progressivamente e isso é ter o dinheiro trabalhando por você.
À medida que isso é feito de maneira consistente, o primeira passo para a riqueza está dado.
Por isso, nunca olhe apenas para a metade vazia do copo e pense em tudo o que fica ao seu alcance quanto existe uma boa gestão financeira.
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