Você sabe o que é planejamento estratégico? Sua empresa já possui um? Há quanto tempo ele não é revisado?
Neste artigo, vou falar da importância dessa ferramenta para o sucesso do seu negócio.
Será a partir de uma análise de cenários de planejamento estratégico que você vai conhecer melhor o ambiente interno da organização e também o externo.
Isso é, o mercado e seus concorrentes.
Então, não vamos perder tempo e vamos logo falar do objetivo do planejamento estratégico organizacional e de suas contribuições com a gestão da empresa.
Não deixe de conferir as etapas do planejamento estratégico e as nove dicas que preparei para que você possa ser bem-sucedido na sua elaboração.
Interessado? Então, siga a leitura!
Muita gente acha que bolar uma estratégia é apenas estabelecer metas, mas é muito mais que isso.
É por isso que o planejamento estratégico pode ser definido como um guia.
Afinal, ele orienta o propósito de trabalho de uma organização e faz o empresário pensar a longo prazo, projetando o futuro de seu negócio.
Não basta ter metas, mas prever como chegará até elas.
É por isso que o grande desafio está em consolidar uma estratégia que gere resultados.
Para tanto, o primeiro passo é preciso estabelecer objetivos como:
Assim, o planejamento estratégico guia as ações executadas por sua empresa.
Ele cria uma espécie de mapa do tesouro, no qual a recompensa não está em um baú lotado de ouro, mas na concretização de suas metas à frente do negócio.
O desperdício de recursos em ações de pouca efetividade é um dos grandes ralos financeiros de qualquer empresa.
Isso acontece pela falta de foco nas ações.
O empreendedor falha ao propor algo que não foi planejado, não faz parte de uma estratégia, não tem início, meio e fim.
Imagine um alpinista que queira escalar o monte Everest, o ponto mais alto do planeta.
Como ele vai chegar ao cume sem planejamento, sem uma estratégia?
Se achar que é só começar, não vai demorar a enfrentar imprevistos que vão abreviar seu sonho.
Em uma empresa, funciona da mesma forma. O seu “Everest” é outro, mas chegar até ele exige que cada ação no caminho seja planejada, do preparo à execução.
Reside aí a grande importância do planejamento estratégico para empresas.
Pois ele mostra o caminho, se antecipa a obstáculos e prevê o que deve ser realizado em cada etapa na sua busca, seja ela qual for.
Para facilitar seu entendimento, vou citar algumas áreas da empresa e ferramentas que podem merecer sua atenção ao trabalhar um planejamento estratégico:
Tudo impacta um negócio, em maior ou menor escala.
Se isso será um problema ou solução, é a forma como lida com os desafios que determina.
Por isso, vale a pena investir em profissionais capacitados e situá-los dentro de uma estratégia bem planejada.
Não são apenas as grandes empresas que se beneficiam de um planejamento estratégico. Ele é importante para negócios de qualquer tamanho.
Não é só porque você tem uma estrutura pequena que não precisa de objetivos que norteiem sua empresa, certo?
Afinal, todo mundo quer se posicionar, vender e obter lucro no final do mês.
E, para isso, não basta só abrir o negócio próprio.
Se fosse fácil começar sem uma estratégia definida, não existiriam tantas empresas que fecham logo que abrem.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após o primeiro ano de funcionamento, mais de 20% das empresas fecham as portas no país.
Já depois de cinco anos de atividade, apenas quatro em dez empresas sobrevivem.
Os dados são da pesquisa Demografia das Empresas de 2014, divulgada em 2015 pelo instituto.
Para não fazer parte dessa estatística, um bom planejamento é imprescindível.
Colocando no papel o que se deseja, é possível viabilizar qualquer objetivo, por maior que ele seja.
Mas é preciso colocar cada tijolo de uma vez, ou sua construção não terá a rigidez necessária para manter-se em pé até que seja concluída.
Vamos entender um pouco mais sobre o conceito?
Muito se fala de planejamento, mas ele não é apenas um, como pode ser dividido em três níveis:
Conheça as diferenças de cada um deles a seguir.
Geralmente, é traçado pelo dono ou administrador da empresa e diz respeito à formulação de objetivos que serão colocados em prática.
Como dito anteriormente, esse processo leva em conta fatores internos e externos relacionados ao seu negócio.
Todas os objetivos traçados consideram prazos futuros e fazem projeções dos resultados da empresa.
No entanto, para que eles sejam alcançados, é necessário que todos os envolvidos atendem ao que for planejado.
Por isso, o planejamento estratégico não se limita à figura do gestor.
A ideia de mapear e delinear os processos do seu negócio no longo prazo é oferecer um norte ao empreendedor.
Com o plano estratégico, se sabe o que deve ser executado, quando e de que maneira.
Assim, ele é o começo de tudo, o futuro da organização, que se estrutura nos fatores ambientais externos, e nos fatores internos.
Onde definimos os valores, a visão e a sua missão.
Enquanto o planejamento estratégico envolve toda a organização, o planejamento tático é mais pontual.
Assim, ele se direciona a apenas um setor, nível, área ou um processo de ponta a ponta, sendo conduzido e liderado por seu gestor direto, como um gerente.
Mas isso não quer dizer que não tenham relação entre si.
O planejamento tático define metas no micro para que sejam atingidos os objetivos no macro, os quais foram traçados pelo planejamento estratégico.
Outra característica é que ele possui metas de curto e médio prazos, mensurando ações para um futuro mais próximo e que farão diferença na concretização do objetivo maior.
O foco no curto prazo é o que marca essencialmente o planejamento operacional.
Através dele supervisores de cada área podem definir as metas e as ações pelos próximos três a seis meses, por exemplo.
A característica principal está na especificidade do plano e das ações.
É aquela típica medida que, apesar de pequena, se revela como muito importante para que o objetivo maior seja alcançado.
Todos os níveis são importantes:
o estratégico para delinear a visão da empresa, o tático para executá-la em planos de ação de médio prazo e o operacional para propor ações de curto prazo.
Assim, cada um funciona de forma a envolver as equipes, além de elevar o nível de comprometimento delas, já que propõe metas e prazos.
Veja na figura abaixo um resumo sobre a contribuição de cada tipo de planejamento na gestão da empresa:
O planejamento estratégico delimita a visão e os objetivos da empresa, isso é, onde se quer chegar.
Mas como ele não observa apenas a linha de chegada, mas todo o percurso até ela, o grande benefício ao gestor está em se preparar melhor para os obstáculos previstos nessa trajetória.
É uma poderosa ferramenta para preparar o empreendedor para todo o tipo de cenário, até mesmo negativos.
Caso eles se confirmem, as ações a adotar já estarão previstas e só bastará colocá-las em prática.
Pense em uma viagem aérea, na qual o plano de voo identifica a passagem por uma área de turbulência.
Se não houvesse planejamento, o piloto seria pego de surpresa.
Mas como há, ele pode estabelecer uma mudança na rota para aquele ponto, contornando a instabilidade.
Consegue perceber o benefício?
É também uma forma de mobilizar os colaboradores para agir.
Afinal, não basta ter planilhas e documentos, também é necessário esforço da equipe e vontade de todos para crescer.
O ideal é que ele seja feito junto à abertura da sua empresa.
Mas, se você pulou essa etapa, vamos partir para o “antes tarde do que nunca”.
No próximo tópico, vou colocar um passo a passo de como montar o seu planejamento estratégico.
Mas antes de saber como fazer, é importante saber por onde começar.
Os livros, consultores e especialistas recomendam que você inicie pela identidade organizacional (definição de missão, visão e valores).
Ou pela determinação das metas para o próximo ano.
Tudo isso está correto. Mas quem irá realizar todo esse trabalho?
Antes de mais nada, é preciso buscar uma avaliação criteriosa do time que vai fazer tudo acontecer.
Anote aí: a sua equipe precisa estar adequada à estratégia.
Qual funcionário possui a qualidade técnica para ajudar no planejamento?
E quais serão os colaboradores responsáveis pelas ações previstas?
Também vale dividir a empresas em equipes, sendo cada grupo responsável por diferentes ações.
Antes de começar e também ao final do primeiro mês, vale promover uma reunião coletiva.
Esse encontro é importante tanto para engajar a todos, como para mostrar o que cada um deve fazer – e o que já foi feito.
Além disso, é uma forma de todos perceberam como as metas são resultado de esforço coletivo e o quanto as funções individuais estão interligadas.
É importante ressaltar que não há competição entre as equipes, mas que se trata de uma maneira de organizar e dividir tarefas.
Agora que o conceito de planejamento estratégico e sua importância estão mais claros, vamos partir para a ação?
Veja os nove passos que eu considero como fundamentais para você construir essa estratégia na sua empresa.
Esse é um dos pontos mais importantes e, talvez, um dos mais difíceis, porque ele norteia todo o planejamento estratégico.
Sabendo o que sua empresa tem a oferecer e quem ela quer atingir, fica mais fácil definir ações sem perder de vista os seus objetivos.
Além disso, público-alvo e proposta de valor servem como um diferencial competitivo para se destacar no mercado.
Para facilitar, pense na seguinte questão:
Se a sua empresa fosse uma pessoa, por quais atitudes ela deveria ser conhecida, lembrada e admirada?
Liste todas as atitudes que podem servir como valores do seu negócio.
Feito isso, pense nas pessoas que gostariam de receber produtos e serviços com essa atitude.
Assim, você definirá seu público-alvo.
Outro ponto importante é compreender em quais nichos a sua empresa se encaixa.
Para isso, faça uma pesquisa de mercado e busque dados relevantes.
A qual perfil de público seu produto pode ter uma melhor aceitação?
Pense em um mercado pequeno para começar e depois amplie!
Quanto mais abrangente for o mercado, mais difícil e mais cara será a operação.
Quando uma empresa está começando, o ideal é limitar o público, segmentando sua atuação.
Assim, o trabalho para satisfazer as pessoas será menor e as operações de marketing serão menos caras e trabalhosas e muito mais efetivas.
Começar pequeno e crescer dentro de um nicho menor pode ser valioso para quem mira grandes projetos pela frente.
Lembre-se de que uma empresa de sucesso sempre mira para o futuro, pensando tanto na sobrevivência de seu negócio quanto no crescimento dele.
Depois de definir a qual segmento seu negócio pertence e qual a sua proposta de valor, é importante determinar sua identidade organizacional.
Esse é um conjunto de características que auxiliarão ainda mais a sua empresa a se diferenciar dos concorrentes.
Ela é determinada por três pilares: missão, visão e valores.
É a razão da sua empresa existir, isso é, o propósito de seu negócio. Com a missão definida, o público-alvo poderá enxergar melhor a atuação de sua empresa.
Como o próprio nome já diz, é o que se almeja ser futuramente, ou seja, o que você espera do seu empreendimento.
Faz referência ao conjunto de princípios que guia todas as ações da empresa, desde os funcionários até o posicionamento de seu produto ou serviço no mercado.
O ideal é que, a cada cinco anos no máximo, a identidade organizacional seja revisada, para confirmar se ela condiz ou não com a realidade atual da empresa.
Você já ouviu falar na Análise SWOT?
O termo vem do inglês e se refere a forças (strengths), fraquezas (weakness), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats).
De forma bem resumida, ela se refere a um estudo que você faz sobre a sua empresa.
Avaliando seus pontos fortes e fracos, e sobre o mercado, considerando as oportunidades e ameaças que ele gera.
Conhecendo o ambiente externo e interno, é possível construir um planejamento que busque:
Combater as ameaças, corrigir seus pontos fracos, destacar seus pontos fortes e aproveitar as oportunidades.
Você quer aumentar sua participação de mercado e ser dono de 50% dele?
Ou quer aumentar a carteira de clientes em 20% em cinco anos?
Quem sabe abrir uma filial em até dois anos?
Ou, talvez, vender a sua empresa e partir para outro negócio?
Existem várias formas de elaborar os seu objetivos estratégicos.
Para facilitar a construção deles, sugiro o modelo do Balanced Scorecard, uma metodologia baseada em quatro pilares principais, que eu descrevo a seguir:
Trata dos resultados de rentabilidade e produtividade da sua empresa.
Se refere ao valor que seu negócio possui e diferencial competitivo.
São todas as atividades realizadas – se foram cumpridas ou não, atrasos nas entregas e até custos de produção.
Aquilo que sua empresa possui para oferecer e vai desde a força de trabalho aos produtos e serviços.
Todos esses quatro pilares estão relacionados e são essenciais para o bom funcionamento da empresa.
Sem eles, não há como definir objetivos.
Mas lembre que todo objetivo precisa ser viável e ter um prazo para a sua realização.
Depois de definir os objetivos estratégicos, é fundamental propor ações que permitam colocar em prática o que foi planejado.
Nesse momento, você deve pensar no que precisa ser feito.
Quais recursos são necessários, quanto tempo tem para desempenhar as tarefas (prazos) e quem irá desenvolvê-las.
Dessa forma, as ações podem ser executadas de fato e será mais fácil atingir o objetivo proposto.
Lembre-se da necessidade de ser específico: foque no micro para atingir o macro.
Se você chegou até aqui e cumpriu à risca todas as etapas anteriores, é hora de tirar o seu planejamento do papel.
Fique especialmente atento aos prazos estabelecidos para cada uma das ações.
Siga o cronograma e monitore o cumprimento de todos os passos que planejou.
Perceba que encerrei o passo anterior falando do monitoramento das ações.
Essa é uma etapa importantíssima, pois permite se antecipar a qualquer erro na execução ou demora além do normal com alguma ação específica.
Monitorar é acompanhar de perto, gerenciar, fiscalizar, ajudar, enfim, viabilizar o planejamento que você construiu com tanto cuidado.
Conforme monitora as suas ações, é possível verificar se elas estão trazendo os resultados esperados.
Afinal, não dá para aguardar que o objetivo final seja alcançado se o processo está viciado, ou seja, se as ações que levam até ele se mostram equivocadas.
O ideal é ter uma rotina de avaliação, analisando o resultado de cada uma das tarefas propostas.
Por mais que você tenha se dedicado horas e dias a fio na construção do melhor planejamento estratégico possível, ele não será perfeito.
Quando colocado em prática, serão evidenciadas situações nas quais você não pensou ou outras que surgiram de forma inesperada.
Isso é absolutamente natural.
Mas tal cenário exige ajustes no que foi planejado.
Não assista passivamente seu planejamento dar errado.
Ao rever o documento, você pode analisar se as ações e objetivos previstos ainda condizem com a realidade ou se é necessário atualizá-los.
Assim, o planejamento não se torna obsoleto.
Como acabamos de ver, não há como ser perfeito na proposição do seu planejamento estratégico.
O segredo é sempre fazer o melhor possível.
Para isso, se você precisa de auxílio para fugir dos erros comuns, indico o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
No site da entidade, há dicas de como fazer o planejamento de sua empresa, um passo a passo completo, manual online e até um curso à distância e gratuito.
Mas como quero que seu planejamento dê certo, vou listar agora os cinco principais erros a evitar nessa jornada.
É impossível que seu planejamento dê certo se você não se conhece e se ignora o que ocorre no mercado.
Esse é um equívoco grave na construção do instrumento, mas nem por isso é raro.
Como comentei antes, uma pesquisa de mercado é importante, assim como um diagnóstico empresarial, avaliando em detalhes a sua realidade e a sua rotina.
Cada tarefa precisa de uma pessoa responsável para executá-la e em tempo hábil.
Isso quer dizer que as funções devem ser especificadas no ato em que o planejamento estratégico for criado.
Assim, não haverá tarefa sem dono.
Se os resultados não forem mensurados, como será possível dizer que a sua equipe está realizando as tarefas adequadamente?
Da mesma forma, como saber se os objetivos finais serão atingidos?
É fundamental que você faça uma avaliação do que for realizado, pois, assim, poderá notar se o planejamento está funcionando ou se ele precisa ser ajustado.
Tal comportamento pode confundir seus funcionários e fazer com que eles compreendam de outra forma o que precisa ser feito.
Por isso, na hora de criar as metas, seja claro e objetivo.
Procure realizar uma reunião, explicando os pontos do planejamento.
Também esteja pronto e disponível para tirar dúvidas e acompanhe de perto a execução das tarefas.
Se você voltar as atenções apenas para a sua empresa, dificilmente obterá sucesso.
Não dá para ignorar como agem os concorrentes, o que querem os clientes e a disponibilidade de fornecedores, por exemplo.
Analise com atenção o potencial de mercado, identificando quantas empresas disputam espaço com você.
Saber onde estão as suas forças e fraquezas é essencial para construir uma estratégia de sucesso.
Como de costume, quero deixar um conteúdo em vídeo para sedimentar o conhecimento que você teve hoje.
A dica é assistir a este vídeo do Canal Luz, que traz uma aula completa sobre o tema planejamento estratégico.
Você ainda não tem um planejamento estratégico?
Então, agora tem as informações que precisa para construir o seu e ser bem-sucedido.
Se já tem o instrumento, aproveite as dicas de hoje para fazer uma revisão detalhada.
É importante que tudo aquilo que foi planejado faça sentido perante a realidade atual do mercado e da própria empresa.
O empreendedor que se preocupa com o planejamento sonha o futuro e faz das ações no presente o caminho para tornar tudo isso possível.
Para concluir, então, quero relembrar tudo aquilo que bom planejamento deve ter:
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